ÚLTIMA CHANCE hoje!!! + Não há fake news sem participação da mídia tradicional
Esquemas na internet não são jamais suficientes para ganhar adeptos e credibilidade, é necessário apoio - na maioria das vezes involuntário - da mídia tradicional.
A mídia tradicional e as redes sociais já estão tão entrelaçadas que o cidadão comum tem imensa dificuldade para separar os métodos e efeitos de uma e de outra.
Agora que estamos em ano pré-eleitoral, veremos novamente uma forte movimentação de chegada de perfis violentos de internet à mídia tradicional. Lembre-se de 2017 e de quantos desses fenômenos de rede social passaram a fazer parte dos grandes veículos.
Alguns podem imaginar que trata-se de um movimento deliberado e organizado por partidos e por políticos. Não é tão simples o que ocorre na internet. Até o combate ao terrorismo nos Estados Unidos passa pela influência das redes e pela nova forma de organização desses grupos.
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O FBI ensina que há um novo fenômeno e o terrorismo não é mais feito de grupos organizados que recrutam pessoas. Teorias radicais, muitas vezes camufladas no meio de outras teorias moderadas, passam a ser a identidade social de muitas pessoas.
Há quem coloque no perfil, por exemplo, que é antifa, antirracista, conservador, antipetista, etc. Pessoas que nem trabalham com política fazem isso porque essas características não são mais militância nem política para elas, são sua identidade social, a definição de quem são.
Não há mais apenas grupos oficiais e institucionalizados agregados por ideias, as pessoas unem-se livremente, sem triagem para entrada no grupo digital onde todos definem suas identidades sociais da mesma maneira, por uma crença ou ideologia. Entre eles, haverá personalidades perversas que usarão a ideologia como justificativa moral para cometer perversidades.
Sádicos, psicopatas, narcisistas e maquiavélicos têm sede de cometer determinadas perversidades. Usar a ideologia que define a identidade social de um grupo como justificativa moral é uma grande jogada e quase sempre dá certo.
Cidadãos e até especialistas em comunicação acreditam em indignação verdadeira nas redes mesmo vendo reações desproporcionais. Se o algoritmo que distribui as postagens e aquelas de ataque em enxame têm 67% mais chances de viralizar, reações desmedidas deveriam causar estranhamento ou curiosidade. Não causam.
Há dois motivos principais. O primeiro é a soberba, bicho que come o dono. A pessoa acredita que sabe como as redes funcionam e continua prestando atenção só em conteúdo, ignorando o contexto. O outro é a importância da identidade social, muitas vezes determinada por ideologias. A pessoa tenderá a julgar como bom tudo o que defende essa ideologia e ruim tudo o que a questiona.
A mídia tradicional é formada por pessoas que também estão nas redes sociais e também são alvos da manipulação emocional por algoritmos. Isso soma-se à distribuição de conteúdo dos veículos ser feita majoritariamente com intermediação das redes sociais. Há todo incentivo para mimetizar o “modelo de negócio do ultraje” e tivemos exemplos esta semana.
Viralização não é só internet, é sucesso, poder e reconhecimento no mundo real. Às vezes enriquecimento também. Quando decidem dar mais engajamento às postagens que atacam o grupo oposto, as redes sociais pautam uma convivência que depende do ultraje e do justiçamento do ultraje, em ciclos sucessivos.
O jornalismo declaratório virou regra, não exceção. Fulano tuitou tal coisa é suficiente para gerar uma notícia, ainda que somente 0,08% das pessoas estejam no Twitter diariamente. Os usuários são 4% da população e somente 2% deles entram na plataforma diariamente.
Ocorre que os jornalistas e políticos estão ali e passam a pautar sua atuação nessa dinâmica de relacionamento, ficando cada vez mais distantes do que interessa ao cidadão e cada vez mais parecidos com influenciadores.
O caso mais emblemático é o do deputado Luis Miranda. Você compraria um carro usado dele? Pois é. Mas pessoas bem informadas deixaram ele dizer ao Brasil que tinha uma gravação do presidente da República e documentos sem ter nem visto os documentos nem ouvido a gravação.
Depois entra-se num processo constrangedor em que ele nega parte do que disse, não tem mais provas de pressão porque o celular do irmão foi trocado, depois diz que o celular sumiu mas as provas existem e por aí vamos. Até agora sem ver documentos nem a tal gravação.
De qualquer forma, isso serviu ao propósito de audiência e engajamento. Primeiro surge o ultraje contra o presidente da República, mobilizando grupos apaixonados contra e a favor. Depois, o justiçamento de quem cometeu o ultraje, também gerando mobilização contra e a favor.
É preciso repensar este modelo e conhecer mais sobre dinâmica das redes. Pessoas que estão na mídia tradicional ou são grandes influenciadores precisam aprender que engajamento é endosso, mesmo quando engajam para condenar ou xingar. Continuam engajando com perfis que trabalham com ataques em enxame ou achincalham a mídia tradicional e o jornalismo para se colocar como semelhantes a ele.
Esta semana eu fiz uma AULA FECHADA EXCLUSIVA para convidados mostrando como acompanhei e registrei um ataque em enxame em tempo real. Foi minha primeira oportunidade de fazer isso. Os dias passam e já identifiquei vários jornalistas e influencers engajando com o perfil que iniciou o ataque.
Uma minoria desses que engajam é favorável a linchamentos virtuais, a maioria é radicalmente contrária. Mas, por não conhecer Cidadania Digital, colaboram nos ataques sem perceber e fortalecem aqueles que os fazem para crescer perfis na época pré-eleitoral.
Esses perfis não vivem só de ataques, também elogiam influencers e jornalistas estrategicamente, os convidam para lives e fazem piadas engraçadíssimas. Pessoas com voz na mídia tradicional engajam com essas postagens sem checar os perfis. Imaginam endossar o conteúdo, mas estão endossando o contexto, o perfil e suas práticas.
Quem pensa antes de entrar num ataque em enxame, por exemplo, pode ver a pessoa que admira engajando com o perfil que o promove. Se uma pessoa tão importante acha isso certo, já é uma barreira a menos para entrar no movimento.
Outro dia vi uma postagem da Anita Efraim que é uma lição de vida no universo da Cidadania Digital. Por mais construtiva que seja a crítica que você tem a fazer, analise em que situação ela não passará de mais munição para quem é destrutivo.
Se você quer conferir essa aula completa para ter uma ideia de como aprender Cidadania Digital pode melhorar sua convivência não só nas redes como fora delas, deixo o link aqui.
Esta aula experimental será transformada em um módulo bônus do curso Cidadania Digital. Uma aluna também me deu a ideia de fazer um manual por escrito, para que fique mais fácil compreender e aplicar as técnicas que eu ensino. Boa ideia!!!
DEIXO AQUI UMAS DICAS PARA VOCÊ SOBRE ENGAJAMENTO:
Antes de repostar, curtir ou compartilhar algo que você achou divertido ou elogioso, pergunte-se: Quem é esse perfil e o que quer de mim?
Não entre em ondas de ataque em enxame. Você pode fazer a mesma crítica ou até xingamento em outro contexto - depois ou de forma privada - sem validar essa modalidade de justiçamento.
Nunca engaje - para falar bem ou mal - com perfis que participam de ataques em enxame ou postam obsessivamente sobre alguém.
Tenha a consciência de que os argumentos usados na internet, sobretudo os mais apaixonados, podem não ser argumentos. São a identidade social da pessoa e ela não abrirá mão disso em nome da verdade, da justiça ou da civilidade.
Espero ter ajudado vocês!!! Compartilhe a newsletter com alguém que você acha que precisa dessas informações.
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Até a próxima semana!!!